Porto Celeste


 



 

Amanheço nas incógnitas de meus prantos

Nas regias lágrimas de aflições

A vida apedreja nossos sonhos

Faz estremecer as catástrofes da sorte

 

Nos percalços dessas ilusões descalças

O refugo do tempo perdido

O salutar pranto de um iludido

Cascalhos impolutos do coração perdido

 

As vaias do vento nas faias

O nevoeiro insólito dos matagais

Ainda estremece minha alma despojada

Nas calamidades cruas e frugais

 

Dos pardos poentes e nostálgicos

Arvoram as tramas de um existir inseguro

E em tudo me rendo ao Senhor

Para encontrar nele: Porto Seguro


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Clavio J. Jacinto

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