Contra a Apostasia

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Escravo ou liberto?

Se, diante das evidencias, do mau uso das Escrituras e da arrogância dos falsos profetas, tu não tens coragem de sair em busca de um lugar onde a bíblia é pregada de forma correta e coerente, não és liberto pelo Evangelho, mas apenas um escravo da religião.


C. J. Jacinto

Contra a Heresia do Ateismo

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A consciência existe para contemplar o belo. A semente da admiração está sempre germinando no coração sensível. A maior catástrofe na alma depois da queda é a coragem de observar com espanto todas as maravilhas e mistérios do universo com suas belezas mais profundas, e permanecer enrijecido no espírito sem adorar a Deus.

C. J. Jacinto

Contra a Heresia das "Novas Revelações"

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Ouvi dizer das “cem provas bíblicas contra a Sola Scriptura” o óbvio da contradição é que para negar a autoridade suficiente das Escrituras, se faça uso delas para isso. Isso é uma contrariedade exposta, pois se a bíblia é usada para dar a Palavra final em certos assuntos, e se faz uso dela para isso, torna-se notável o fato de que é uma contradição provar pela autoridade da Bíblia de modo “Stricto Sensu” que ela não é uma autoridade absoluta em questões de fé e pratica. Moral da historia: Se a Palavra de Deus não é a verdade (João 17:17) podemos usá-la de modo a apenas defender nosso ponto de vista, como fez o diabo citando o salmo 91 na tentação em Mateus 4:1 a 11. A autoridade das Escrituras na visão satânica apenas seria o consentimento sobrenatural dela ser uma realidade para tentar induzir Cristo a contradizê-la. (C. J. Jacinto)

 

A obra de Cristo é o único lugar de repouso verdadeiro para a consciência, a pessoa de Cristo é o único objeto de afeição para satisfazer o coração e a Sua Palavra é o único guia verdadeiro para o caminho do céu

(Charles Machintosh)


A consciência de um homem regenerado é guiada pela luz da autoridade das sagradas Escrituras e não pela opinião de homens falíveis"

(Clavio J. Jacinto)

 

 

O RESULTADO DA CONSAGRAÇÃO

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Por Watchman Nee


Qual é o resultado da consagração? O primeiro resultado está descrito em Romanos 6, e o segundo em Romanos 12. Muitos não conhecem a diferença entre ambos. De fato, a diferença é enorme. A consagração que se menciona em Romanos 6 é para o benefício próprio; é dar o fruto de justiça. A consagração em Romanos 12 é para o benefício de Deus; é para o cumprimento da Sua vontade. O resultado da consagração em Romanos 6 consiste na libertação do pecado a fim de ser servo de Deus para dar fruto para a santificação. Isso é o que significa expressar a vida que vence dia após dia. O resultado da consagração de Romanos 12 não é simplesmente o prazer de Deus, mas experimentar qual seja a Sua boa, agradável e perfeita vontade.

Irmãos e irmãs, não basta desistir de tudo, crer e louvar. Há um último item: temos de nos colocar nas mãos do Senhor antes que Ele possa expressar Sua santidade por nosso intermédio. Não tínhamos força para nos consagrar no passado. Mas após entrar na experiência vencedora podemos fazê-lo. Lembrem-se que antes era impossível nos colocar nas mãos de Deus. Não é questão de ser capazes ou não, mas de estar dispostos a nos colocar em Suas mãos. Antes o problema era nossa incapacidade; agora o assunto é a falta de disposição.

Havia um irmão na Austrália que se havia consagrado totalmente ao Senhor. Enquanto viajava num trem, alguns amigos decidiram jogar cartas. Como eram três, faltava uma pessoa; logo o convidaram para jogar. Ele lhes respondeu: "Sinto muito amigos. Não trago minhas mãos comigo. Essas mãos não são minhas, mas de Outro. Apenas se encontram em meu corpo, mas não me atrevo a usá-las".

De agora em diante, nossas mãos, pés e lábios pertencem ao Senhor. Não nos atrevemos a usá-los. Cada vez que as tentações vierem, temos de dizer que não temos as mãos conosco. Essa é a consagração de Romanos 6. Quando nos consagramos dessa maneira, somos santificados e damos o fruto da santificação. Portanto, a primeira coisa a fazer depois de experimentar a vitória é consagrar-nos, e isso é também as primícias da experiência vencedora.

A consagração descrita em Romanos 12 está dirigida a Deus. Ali diz que devemos apresentar nosso corpo em sacrifício vivo a Deus, e essa consagração é santa e agradável a Ele. Conseqüentemente, devemos lembrar-nos que a consagração mencionada no capítulo doze tem como meta o serviço a Deus.

O capítulo seis se relaciona com a santificação pessoal, ao passo que o capítulo doze se refere à obra. O capítulo seis fala da consagração, da santificação e do fruto dela. O capítulo doze também fala da santidade ou de ser santo. Que é santificação, e que é santidade? Ser santificado ou santo significa ser separado para certa pessoa, a fim de ser usado por ela. Antes éramos afetados por muitos objetos, pessoas e assuntos. Anteriormente vivíamos para nós mesmos; agora, vivemos apenas para Deus.

Uma vez, estava voltando para casa vindo do parque Hsiao-feng. Estava para entrar no ônibus quando o motorista disse-me para sair. Quando olhei cuidadosamente, percebi que não era um ônibus comum, mas um ônibus fretado. Todo cristão deve ser como uma pessoa "fretada". Infelizmente, muitos cristãos são "públicos". Mas nós não somos "públicos", antes, somos "fretados"; fomos separados e plenamente reservados para a vontade de Deus. Romanos 12 nos mostra que nosso trabalho, cônjuge, filhos, dinheiro e todos os bens materiais são exclusivamente para Deus; estão reservados para o Seu uso exclusivo. Quando somos apenas Seus, e nos apresentamos unicamente a Ele, devemos crer que Ele nos aceitou, porque isso é o que Ele anela. A Sua meta não é que tenhamos fervor por certo tempo. Se alguém não se consagrar ao Senhor, Ele não ficará satisfeito. A menos que um homem se consagre plenamente ao Senhor, Deus não fica satisfeito. Deus fica contente apenas quando o homem derrama o ungüento sobre o Senhor; Ele apenas se satisfaz quando depositamos toda a nossa vida no gazofilácio (Lc 21:4). Devemos oferecer tudo a Ele.

Irmãos e irmãs, agradecemos a Deus porque fomos ressuscitados dentre os mortos e recebemos misericórdia da parte de Deus. Essa consagração é agradável a Deus e é racional. Todo cristão deve consagrar-se; é errado pensar que apenas cristãos especiais devem consagrar-se. O sangue do Senhor nos comprou, somos Seus. Seu amor nos constrangeu, assim vivemos para Ele.

Atentem para a consagração que é dita aqui. Somos pedras vivas. Embora nos consagremos, ainda permanecemos vivos. Somos sacrifícios vivos. Os sacrifícios do Antigo Testamento eram imolados com cutelo, mas nós somos sacrifícios vivos.

O resultado de nos apresentarmos se vê em Romanos 12:2: "E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus". Essa é nossa meta final. Nas conferências de janeiro do ano passado, vimos que Deus tem um propósito eterno, o qual leva a cabo por meio de Seu Filho. Deus criou todas as coisas por meio Dele para cumprir Seu propósito. A redenção, a derrota de Satanás e a salvação dos pecadores têm como fim cumprir o propósito de Deus. Temos de saber qual é o Seu propósito eterno antes de fazer o que Ele deseja. Nossa meta não se limita a salvar pecadores, mas é o cumprimento do propósito eterno de Deus. Toda obra deve estar vinculada ao Seu propósito eterno.

Se não nos consagrarmos, não perceberemos que a vontade de Deus é boa. Hoje muitas pessoas temem o termo "o propósito de Deus" e se sentem incomodadas com essas palavras. Os cristãos temem ouvir acerca da vontade de Deus. Mas Paulo disse que quando alguém apresenta seu corpo, experimenta a boa, perfeita e agradável vontade de Deus. Podemos cantar acerca da boa vontade de Deus. Podemos dizer aleluia porque a vontade de Deus é boa. A vontade de Deus resulta em nosso bem e nela não há dolo. Sua vontade é boa, nós é que somos de visão muito curta. Uma vez um irmão fez uma oração muito boa: "Quando pedimos pão, pensamos que nos daria pedra, e quando pedimos peixe, pensamos que nos daria serpente. Quando pedimos ovos, achávamos que nos daria escorpiões. Mas quando Te pedimos pedras, Tu nos deste pão!" Às vezes não entendemos o amor de Deus; tampouco a Sua vontade. Não compreendemos que Suas intenções para conosco são boas e excelentes. Talvez nos queixemos das muitas coisas que nos sobrevêm, mas depois de alguns anos, teremos de louvar ao Senhor por todas elas. Por que não louvá-Lo desde já?

A vontade de Deus não é apenas boa, mas também perfeita. Toda a vontade de Deus para com os que O amam é proveitosa. Se entendermos isso não a rejeitaremos. Apresentar-Lhe o nosso corpo é santo e agradável a Ele. Além disso, descobriremos que Sua vontade é agradável, boa e perfeita para nós.

Esta é a última mensagem, e vou pedir-lhes que façam algo mais. Digam ao Senhor: "Ó Deus, sou completamente Teu. De agora em diante não viverei mais para mim mesmo".

Irmãos e irmãs, vimos todas as condições necessárias para vencer; elas já estão todas descritas. A consagração é o último item na vida vencedora; mas é também a primeira coisa que devemos fazer após experimentá-la. Uma vez que nos tenhamos consagrado, devemos crer que Deus aceitou nossa consagração. Uma vez que nos tenhamos consagrado, seremos pessoas consagradas. Pode ser que nos sintamos quentes, ou talvez frios, mas se nos tivermos consagrado verdadeiramente a Deus no coração, tudo estará bem. Digo isso para ajudá-los a não viver segundo os sentimentos. Em Chefoo havia um irmão que se tinha consagrado ao Senhor, mas sentiu que havia algo de errado entre ele e o Senhor. Pensou que deveria se consagrar novamente. Eu lhe disse que após uma jovem se casar, se em alguma ocasião encontrar-se em dificuldades com seu marido, ela não tem de se casar novamente com ele. Ainda que haja algo entre o Senhor e nós, só poderemos consagrar-nos a Ele uma única vez. A partir desse momento, já Lhe pertencemos, e só poderemos servir para o Seu uso.

RELATIVISMO O QUE É?

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RELATIVISMO O QUE É?

Os absolutos são marcos de distinção entre o certo e o errado, não permitem ambigüidades e duvidas. Todo o absoluto precisa de uma referência para determinar onde está o certo e o errado, não há espaço para o relativismo, não há duas verdades contrarias de natureza opostas, preto não é branco, nem branco é preto. Ambos têm uma natureza que define a verdade de cada cor. Jesus disse “Eu sou a verdade” (João 14:6) é uma declaração singular, portanto também é absoluta. Todo o Novo Testamento segue a natureza dos absolutos: Um caminho, uma verdade uma vida, uma luz espiritual, um juízo final, um céu, uma morte depois o juízo, uma obra única consumada e perfeita na cruz, um retorno literal de Cristo. relativizar é universalizar um erro e sacrificar uma verdade, é pois a obra prima do espírito do erro dissolver um absoluto para se encaixar com padrões opostos e assim destruir os absolutos. Na antiguidade, tempo da formação do Novo Testamento, a encarnação de Cristo era um absoluto (Joao 1:1 a 3 I Timoteo 3:16 I João 4:1 a 6) porém não negar a existência de um Cristo histórico mas somente a encarnação dEle, foi um processo de relativizar a cristologia do Novo Testamento e assim decair para uma apostasia espiritual comprometendo a revelação da verdade apostólica. A tendência moderna de relativizar todas as coisas é uma influência puramente diabólica para promover a causa do erro, o diabo foi o primeiro proponente do relativismo, a verdade monoteísta de um Deus Criador foi quebrada quando Satanás propôs a Eva que ela também poderia ser uma divindade.

 



 C. J. Jacinto

PARADIGMA O QUE É?

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Um paradigma cultural é um sistema de crenças pré-estabelecidos de acordo com uma cosmovisão (Um sistema de crenças universais) trata-se da formação de uma consciência social, uma visão cósmica de todas as coisas, inclusive do mundo, um padrão ou estrutura para a compreensão da realidade física e espiritual, um ponto de vista que determina como o público em geral avalia o bem e o mal, o certo e o errado e todas as coisas relacionadas a ciência e a moralidade. Uma mudança de paradigma significa uma transformação cultural, um novo sistema sistema de crenças, uma abordagem nova sobre ética, religião, filosofia e política. Isso exige uma mudança total no pensamento, visão e avaliação das questões sociais, culturais e morais. Um novo paradigma exige que se abandonem tudo o que se relaciona a cosmovisão antiga, que deve ser considerada como obsoleta, nesse caso, um exemplo claro é a exaltação do relativismo, humanismo, feminismo e o abandono da moral judaico cristã. A mudança de paradigma é um  evento necessário para que seja garantida a a entrada de um sistema anticristão de proporções cósmicas, um modelo de pensamento universal que possibilite a chegada do anticristo.

 

Textos como Salmo 2, I Timóteo 4:1 II Timóteo 4:3 Isaias 5:20 Colossenses 2:8 I João 4:1 a 6 e outros advertem contra uma mudança de paradigmas como a abertura para a apostasia dos tempos finais.


C. J. Jacinto

GLOBALISMO E A RELIGIÃO DO FUTURO

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Alguns aspectos de uma religião universal podem ser observados pelas tendências atuais, uma mudança de paradigmas e o fim dos absolutos, o homem como o centro da verdade, a morte da razão, a redução dos absolutos a nível pessoal e o confronto com opostos fora do sistema e não integrados ao universalismo dessa nova visão de crenças.

A) Ênfase aos sentimentos e experiências, dando assim a responsabilidade ao individuo de ter a sua própria verdade a nível puramente pessoal.

B)   Desenvolvimento na crença em um deus universalista, com características elásticas, capaz de conter todas as superstições e atributos e cobrir todos os aspectos de uma teologia global inclusiva.

C)  Ênfase no estado e na autoridade do estado, é ele o deus protetor, que confere a “liberdade” a “segurança” e a “proteção ao individuo” cada homem deve se sentir seguro debaixo da capa protetora do estado o coletivo deve formar uma mentalidade de colméia e ser absolutamente fiel ao estado, prestando honra, obediência e veneração.

D)  Considerar como inimigo do bem comum da humanidade, todos os que não concordarem ou se oporem a esse sistema vigente.

E)   Cientistas, lideres políticos, médicos, engegnheiros e homens de “boa vontade” estão trabalhando para que a humanidade dê um salto evolutivo, e passe para uma fase avançada, pós-humana, celebrando a conquista da imortalidade e o estabelecimento de um paraíso terrestre. Esses homens devem ser venerados, estimados e defendidos, pois estão atuando no agora para implantar esse sistema universal.

 

C. J. Jacinto

 

 

 

CONTRA A HERESIA DO FEMINISMO

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Feminismo é o caminho para a feitiçaria:

“É importante para nós encorajar as mulheres a deixarem seus maridos e não a viverem individualmente com os homens ... Toda a história deve ser reescrita em termos de opressão das mulheres. Devemos voltar às antigas religiões femininas como a feitiçaria” - A Declaração de Feminismo, novembro de 1971.

 

Feminismo é um caminho de ódio:

“Eu sinto que 'odiar o homem' é um ato político honrado e viável, que os oprimidos têm direito ao ódio de classe contra a classe que os oprime”. - Robin Morgan, (editora da revista MS)

 

Feminismo é o caminho da destruição familiar:

 

“Como vai ser destruída a unidade familiar? ... a demanda por si só vai colocar em questão toda a ideologia da família, para que as mulheres possam começar a estabelecer uma comunidade de trabalho entre si e possamos lutar coletivamente. As mulheres vão se sentir mais livres para deixar seus maridos e tornar-se economicamente independente, seja por meio de um emprego ou da previdência. ”- Female Liberation, de Roxanne Dunbar.

 

Feminismo não propõe igualdade, propõe ditadura do sexo:

"Somente quando a masculinidade estiver morta - e ela irá perecer quando a feminilidade devastada não mais sustentá-la - somente então saberemos o que é ser livre." - [Andrea Dworkin. "The Root Cause", discurso, 26 de setembro de 1975, no Massachusetts Institute of Technology, Cambridge (publicado em Our Blood, cap. 9, 1976).]

 

Feminismo é anticristão:

"Deus vai mudar. Nós mulheres... vamos mudar o mundo tanto que Ele não vai caber mais." - Naomi Goldenberg, Changing of the Gods: Feminism and the End of Traditional Religions (citado no início de From Father God to Mother Earth)

 

 

C. J. Jacinto

Sobre a Cegueira Espiritual

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 Uma sociedade religiosa segue a deriva do abismo quando crê piamente na impossibilidade de lobos vestirem-se de ovelhas e ao mesmo tempo nutrem o absurdo do milagre da árvore má produzir bons frutos.



C. J.Jacinto

Sobre Apostasia Moral: A Inveja

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 “A inveja é a religião dos medíocres. Consola-os, responde aos anseios que os devoram e, em última instância, apodrece-lhes a alma e permite-lhes justificar a sua estreiteza e ganância a ponto de acreditar que são virtudes e que as portas do céu só se abrirão para os infelizes como eles, que passam pela vida sem deixar nenhum vestígio além de suas tentativas traiçoeiras de menosprezar os outros e excluir, e se possível destruir, aqueles que, pelo simples fato de existir e ser o que são, destacam sua pobreza de espírito, mente e fígado."


Carlos Ruiz Zafón

 

 

 

 

 

A IMPUNIDADE DA MENTIRA

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Por Julián MARÍAS, da Real Academia Espanhola (...) Hoje a mentira é muito freqüente e muito perturbadora. Não estou me referindo a erros, que em princípio podem ser aceitos, embora naturalmente possam ser evitados, mas a deliberada falsidade, procurada, disseminada com grandes recursos, que podem produzir uma intoxicação da sociedade, uma espécie de septicemia que pode colocar em risco a saúde da sociedade. Hoje a mentira consciente é usada como um programa, como uma arma que é indubitavelmente injusta e muito perigosa. A enorme difusão e eficácia da mídia permite que o corpo social seja contaminado por mentiras. Seria desejável que aqueles que tendem a segregá-lo evitassem; Devem pensar que a mentira é prejudicial também para quem a emite, que é vítima dela e se condena ao profundo descontentamento que ela engendra. Quando alguém mente deliberadamente, é inevitável pensar que não se estima, que tem profundo descontentamento consigo mesmo ou com o que afirma representar. Mas em qualquer caso, devemos levar em conta a reação dos outros, daqueles que estão "expostos" à mentira. Estou preocupado com a passividade geral com que as mentiras são bem-vindas. Alguns, movidos pela força da propaganda, não percebem, pode-se dizer que o aceitam; outros sentem um certo desconforto, uma impressão de que "não é isso", mas carecem de qualquer reação própria. Isso causa uma grande impunidade da mentira, que não tem sanção ou remédio. (A Sociedade passiva com relação às coisas erradas sofrerá as conseqüências devastadoras que ela produz em longo prazo) Um fato importante é que a maioria dos autores, promotores e divulgadores da mentira depende da opinião alheia, procuram influenciá-la, modificá-la, confiar nela para ganhar poder e influência. Isso significa que buscam "prestígio", na força que vem dos outros. Nesse sentido, sua melhor ou pior sorte depende da reação social aos seus propósitos. A mentira tem que ser descoberta, mostrada, feita cair sobre seus autores ou divulgadores. Essa é a primeira coisa que teria que ser feita, que nos faria saber o que esperar de cada um - indivíduos, grupos, a mídia. Se isso fosse feito com sabedoria e energia, a impunidade seria evitada em um grau muito alto. Ver-se-ia que, no final das contas, não é importante mentir, que tal atitude destrutiva recai primeiramente sobre aqueles que a praticam. (Uma sociedade passiva contra os mentirosos torna-se cúmplice dos crimes mais hediondos) Estou pensando nas mentiras notórias e verificáveis que não resistem ao confronto com os fatos, com a realidade. Aqueles que mentem dessa maneira não podem se refugiar em ambigüidades de interpretação, o que é discutível. Você tem que contrastar o que é dito com o que é de fato. Esta operação de saneamento é perfeitamente possível; a única condição é que seja feito com cuidado e clareza. (A passividade quanto a mentira é uma forma de alienação egoísta, denota falta de pudor e coragem heróica, quem é passivo com a mentira é um covarde, nunca merece a reputação de heroísmo) Mas existe um tipo de mentira que é ainda mais grave: a calúnia. Muitas são lidas ou ouvidas, afetando de alguma forma a dignidade das pessoas ou de seus grupos. Elas significam a forma mais perniciosa e menos tolerável de mentir. desempenha um papel, mas é inaceitável, deve ser substituído por algo mais justo e decente. (A Coragem de viver á vida que vale a pena é viver a coragem de ser verdadeiro a qualquer preço) Em suma, há recursos viáveis . Embora as decisões demorem muito e não sejam totalmente confiáveis, o fato de ser processado significaria um alerta, um alerta, um sinal muito útil. Existe, graças a Deus, a "presunção de inocência", que deve ser zelosamente preservada; Mas a "presunção de culpa" também deve existir quando se baseia em fatos verificáveis, quando responde à suspeita fundada de falsas declarações. O problema é gravíssimo, porque pode causar um distúrbio de convivência, uma perda de confiança na lei, na expressão de opiniões, na própria democracia. Mentir é o risco máximo que ela tem o que leva à perda de seu prestígio, o que pode engendrar o risco máximo que é a aversão a ela. (Uma sociedade que banaliza e ignora a mentira e a calunia, está em decadência moral e fica sujeira a toda a sorte de injustiças) (Trecho Adaptado e traduzido do espanhol. Os trechos em parênteses são de minha autoria) Traduzido e adaptado por C. J. Jacinto

CINCO FRASES SOBRE A INVEJA

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1-   É fácil se compadecer do sofrimento alheio, difícil mesmo é permanecer o tempo todo sem invejar a felicidade dos outros.

2-   A inveja é a prova convincente do tamanho reduzido do coração de quem não se contenta consigo mesmo.

3-   A inveja é o sentimento decadente de orgulhar-se da própria incapacidade.

4-   A inveja é o preço que o ego exige para se manter na escravidão do próprio orgulho.

5-   A inveja é gerada por um coração insatisfeito consigo mesmo por não ter a capacidade de superar-se com relação ao sucesso dos outros.

 

Autor> Clavio J. Jacinto

 

 

 

 

Contra a Heresia do Comunismo

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O socialismo é uma filosofia de fracasso, o credo da ignorância e o evangelho da inveja, sua virtude inerente é a partilha igualitária da miséria.

(Winston Churchill)

A Heresia do Sacrifício de resgate

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Termo usado no sistema de ensino das Testemunhas de Jeová para descrever a obra de Jesus Cristo, que ele executou na estaca de tortura (não na cruz).

Na opinião das Testemunhas de Jeová, Jesus Cristo não poderia trazer a salvação completa para o homem. De acordo com a Torre de Vigia, sua primeira e real tarefa não era morrer para o perdão dos nossos pecados, mas defender o nome de Jeová, confirmar sua soberania e estabelecer seu reino. Jesus é considerado - e aqui a Sociedade Torre de Vigia gostaria de se relacionar com Romanos 5: 12-21 - como o segundo Adão. O primeiro Adão foi criado como um ser humano perfeito (no sentido de uma "perfeição relativa"), mas ele havia perdido essa perfeição como resultado dos sussurros de Lúcifer aos quais ele cedeu. Cristo agora apareceu como o segundo Adão que não sucumbiu aos sussurros de Lúcifer. Ele deu seu corpo e vida humana perfeita como resgate ou L. a Jeová, para expiar o pecado de Adão, que por meio da hereditariedade se espalhou por toda a raça humana. De acordo com as Testemunhas de Jeová, Jesus, não o Filho de Deus, mas uma criatura, ou seja, o arcanjo Miguel encarnado, é considerado o segundo Adão perfeito que permaneceu sem pecado. Como resultado de seu L, agora todas as pessoas que reivindicam isso para si mesmas recebem a oportunidade de também ascender à perfeição. O L. Christi não é suficiente para isso. Isso apenas compensou a transgressão de Adão. O ser humano deve compensar seus próprios erros e pecados, ainda que usando este L, ele mesmo através de suas realizações. Portanto, a salvação não vem somente pela fé, mas por meio da fé e das obras. Essas obras incluem: proclamar o Reino de Jeová, viver de acordo com as ordenanças de Jeová e submissão à Sociedade Teocrática. Aqueles que não realizaram essas obras durante sua vida e não aceitaram o L. Christi, podem ter uma (última) oportunidade de provar a si mesmos após sua nova criação no milênio.

Julgamento:

É um exemplo típico de sinergismo :

Deus faz uma parte, o homem faz uma parte, e ambas as partes trabalham juntas para trazer a salvação. Mas essa visão está em contradição irreconciliável com o evangelho da salvação do pecador somente pela graça. É completamente ignorado que Jesus não está no mesmo nível dos anjos ou das pessoas, mas pertence inteiramente ao lado de Deus. Sua encarnação temporária não deve ser mal interpretada como se ele fosse um mero homem, mas um verdadeiro homem e um verdadeiro Deus ao mesmo tempo. Durante sua atividade terrena, ele não renunciou ao seu "ser angélico", mas à sua forma divina sem perder sua natureza divina (ver Trinity) As Testemunhas de Jeová, por outro lado, desvalorizam Jesus Cristo. Eles concedem a seu L. uma posição central, mas em sua opinião isso não é suficiente para a salvação.

Existem quatro passagens na Bíblia em particular que as Testemunhas de Jeová usam para afirmar a identidade de Jesus Cristo e do Arcanjo Miguel: Dan 12: 1; 1 Tes 4:16; Juízes 9 e Apocalipse 12: 7-12. Em todos esses lugares, o anjo príncipe Miguel é mencionado. "Michael" significa "quem é como Deus" "- e não" quem é como Deus "(como disse Russell traduzido incorretamente). Que Michael ocupa uma posição privilegiada como o chefe dos anjos e "comandante-chefe" do exército angelical divino fica claro em todas as passagens bíblicas onde seu nome é encontrado, mas em nenhum lugar ele é identificado com Jesus Cristo. Em vez disso, Jesus está acima de Miguel e de todos os anjos (cf. Hb 1, entre outros). Se, por exemplo, em Dan 12: 1 e Ap 12: 7-12, fala-se de uma batalha entre Miguel e Satanás, então Miguel age na autoridade e em nome de Cristo, mas não como Cristo. É enfatizado repetidamente nas Sagradas Escrituras que Cristo não luta contra Satanás e os poderes demoníacos sozinho, mas acompanhado por seus anjos - e entre eles em primeiro plano está Miguel, o arcanjo, cuja voz junto com a trombeta de Deus em a segunda vinda de Jesus ressoa (1. Tes 4.16; ver Mt 24,30f.parr.; 2 Tes 1,7). A voz de Michael soa apenas para julgar o mundo. Quando os mortos são ressuscitados, porém, é apenas a voz de Cristo, o Filho de Deus, que ressoa. Somente Cristo - e não o Arcanjo Miguel - tem o poder de chamar os mortos à vida (Jo 5,25,28s). Pois Cristo não é uma criatura, mas o Filho do Deus vivo.

Na cruz do Gólgota, Jesus Cristo fez tudo pela nossa salvação:

“Está consumado” (Jo 19:30).

Seu sangue “nos purifica de todo pecado”;

é "a expiação pelos nossos pecados, não só pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo" (1 Jo 1: 7; 2: 2).

Ele "entrou no santo de uma vez por todas e adquiriu a redenção eterna".

No final dos tempos, ele "apareceu uma vez para levantar o pecado por meio de seu próprio sacrifício".

Somos "santificados de uma vez por todas pelo sacrifício do corpo de Cristo que" ofereceu um sacrifício pelos pecados ".

“Pois com um só sacrifício ele aperfeiçoou aqueles que são santificados para sempre” (Hb 9:12, 26; 10:12, 14; cf. também Rm 3: 23-28; Ef 2: 8f., Etc.).

Certamente as obras fazem parte do ser cristão, mas sempre apenas como consequência, nunca como condição de salvação. A Sociedade Torre de Vigia deve exigir obras como condição para a salvação porque não conhece nenhum Cristo real que tenha realizado perdão e redenção completos e reais. Mas a Bíblia proclama para nós o verdadeiro Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, que não apenas cria uma "compensação" para os erros de Adão no mesmo nível, mas muito mais: Ele não é apenas pelo pecado de Adão (e suas consequências), mas morreu pelos pecados do mundo inteiro: pecados passados, presentes e futuros. E ele perdoa todo aquele que vem a ele arrependido e com fé.

Ele só poderia realizar este sacrifício, que vai infinitamente além do fracasso de Adão, porque ele não é apenas verdadeiro homem, mas também verdadeiro Deus desde a eternidade. Em Rm 5: 12-21, Cristo é contrastado com o primeiro Adão como o segundo Adão, mas é enfatizado que ambos não estão no mesmo nível:

"Mas não é o mesmo com o dom que é com o pecado. Porque, se muitos morreram de um pecado, então muito mais (pollo mallon) A graça e o dom de Deus vieram a muitos em abundância, pela graça de uma pessoa Jesus Cristo" (v. 15).

O pecado e a graça não se comportam como duas balanças com pesos iguais, a regra de Talion do Antigo Testamento não se aplica neste contexto, mas a graça de Deus tem uma preponderância gloriosa e enorme. Deus se fez homem em Jesus Cristo porque só assim poderia morrer por nós, humanos, expiar os nossos pecados e superar o nosso abandono por Deus (cf. Hb 2,17; 4,15; Mt 27,46).

Mas ele só pode nos redimir sendo Deus e tendo o poder de redimir.

Veja também: Testemunhas de Jeová ; Sociedade Torre de Vigia ; Trinity ; Tradução do Novo Mundo ; Jesus cristo .

Lit .: L. Gassmann, Testemunhas de Jeová, 2000.

 

Lothar Gassmann

 

https://www.bible-only.org/german/handbuch/Loskaufopfer.html

A VIDA CRISTÃ VENCEDORA - Watchman Nee

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A VIDA CRISTÃ REVELADA NA BÍBLIA


Autor: Watchman Nee

 

Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo. (Efésios 1:3)

 

A EXPERIÊNCIA DO FRACASSO

Quando fomos salvos, a graça de Deus encheu de gozo nosso coração. Naquela época, nossa vida encheu-se de esperança e achamos que desde aquele momento todos os nossos pecados ficariam sob nossos pés. Pensamos que dali em diante poderíamos vencer tudo. No momento de nossa salvação acreditamos que não havia nenhuma tentação tão grande que não pudéssemos vencer, nem dificuldades que não pudéssemos superar. Nosso futuro estava cheio de esperança gloriosa. Pela primeira vez, experimentamos a paz do perdão e o aroma do gozo. Nessa ocasião era muito agradável e fácil ter comunhão com Deus. Sentíamo-nos cheios de gozo e felicidade. Até o céu estava mais perto de nós. Nada nos parecia impossível. Nessa época achávamos que cada dia seria um dia de vitória.

Entretanto, essa maravilhosa condição não durou muito e essa maravilhosa esperança não se fez realidade. Os pecados que críamos que haviam passado ou que havíamos vencido, de repente retornaram. Pensávamos que os havíamos deixado para trás, mas voltaram. Nosso antigo mau gênio retornou; o orgulho voltou e nossa inveja surgiu outra vez. Talvez tentássemos ler a Bíblia, mas era inútil. Talvez orássemos, mas esse doce sabor já não havia mais. Aquele zelo que tínhamos pelas almas perdidas havia-se desvanecido. O amor começou a minguar. Alguns assuntos, sim, haviam sido solucionados, mas outros não os pudemos resolver. Nossa canção diária tornou-se uma canção de derrota e não de vitória. Em nossa vida cotidiana experimentamos mais fracassos que vitórias. Começamos a sentir um grande vazio interior. Ao comparar-nos com Paulo, João, Pedro e outros cristãos do primeiro século, concluíamos que havia uma grande diferença entre a experiência deles e a nossa. Não podíamos ajudar os outros. Podíamos somente falar do aspecto vitorioso de nossa experiência. Não conseguíamos falar-lhes daquilo em que havíamos fracassado. Achávamos que os dias de vitória eram poucos, e que os dias de fracasso eram numerosos. Vivíamos diariamente na miséria. Essa é a experiência comum de muitos cristãos.

Quando fomos salvos, pensamos que já que nossos pecados haviam sido perdoados, nunca retornariam. Achamos que a paz e o gozo experimentados permaneceriam sempre conosco. Lamentavelmente, os pecados e as tentações voltaram. As experiências elevadas tornaram-se poucas e as experiências baixas tornaram-se constantes. Houve menos momentos de gozo e os momentos tristes tornaram-se mais freqüentes. Nessa situação experimentamos duas coisas: de um lado as tentações, o orgulho, a inveja, e o mau gênio voltaram; e de outro, esforçamo-nos para nos reprimir. Assim que esses pecados retornam, esforçamo-nos para refreá-los e impedir que se manifestem. Os que conseguem refrear-se, acham que venceram, e os que não conseguem, vivem num círculo vicioso de fracasso, vitória, pecado e remorso. Como conseqüência, caem num desânimo profundo. Pouco depois de ser salvos, reprimem seus pecados de modo consciente ou resignam-se pensando que a vitória é impossível. Tornam-se negativistas e se desanimam. De um lado, experimentam alguma vitória; mas de outro, experimentam muitos fracassos. Quando conseguem refrear-se, seus pecados são detidos temporariamente; mas quando caem cedem ao inevitável destino de cometer pecados.

Irmãos e irmãs, gostaria de lhes fazer uma pergunta diante de Deus. Quando o Senhor Jesus foi à cruz, esperava que tivéssemos a experiência que temos hoje? Quando foi crucificado, Ele sabia que nossa vida seria vitoriosa num dia e derrotada no dia seguinte? Sabia que seríamos vitoriosos pela manhã e derrotados à noite? Será que Suas realizações na cruz são insuficientes para fazer com que O sirvamos em santidade e justiça? Será que Ele derramou Seu sangue na cruz com a finalidade de livrar-nos somente do castigo do inferno, mas não da dor do pecado? Será possível que o Seu sangue derramado na cruz é suficiente só para nos salvar da dor do pecado no futuro, sem nos salvar da dor do pecado no presente? Oh! irmãos e irmãs, não posso evitar dizer "Aleluia!" O Senhor de fato realizou tudo na cruz! Na cruz Ele não só colocou um fim à dor do inferno, mas também à dor do pecado. Ele não apenas lembrou-se da dor do castigo do pecado, mas também da dor do poder do pecado. Ele preparou um caminho de salvação para nós, que nos capacita a viver na terra da mesma maneira que Ele viveu. Irmãos e irmãs, Cristo não acabou só com o sofrimento do inferno, mas também com o sofrimento do pecado. Em outras palavras, Sua obra redentora não nos deu a posição e a base para sermos salvos apenas de maneira superficial, mas também para que fôssemos salvos plenamente. Não temos de viver da maneira que vivemos hoje. Temos de dizer: "Aleluia!" Porque há um evangelho para os pecadores e também um evangelho para os "cristãos pecadores". O evangelho aos cristãos pecadores se prega da mesma maneira que a cruz nos foi pregada antes. Aleluia! Hoje há um evangelho para os cristãos pecadores.

 

A VIDA CRISTÃ QUE DEUS ORDENOU

Na mensagem anterior vimos em que consiste nossa própria experiência. Gostaríamos hoje de falar sobre o tipo de vida que Deus ordenou para o cristão. De acordo com Deus, que tipo de vida um cristão deve levar? Não nos referimos aqui a cristãos mais experimentados, mas a todos os cristãos, os que foram salvos e regenerados e receberam a vida eterna. Que tipo de vida devem levar? Somente depois de sabermos isso é que veremos o que nos falta. Que a Bíblia diz acerca da vida cristã? Examinemos alguns trechos da Bíblia.

 

 

Uma Vida Livre de Todos os Pecados

Mateus 1:21 diz: "Ela dará à luz um filho, e O chamarás pelo nome de Jesus, porque Ele salvará o Seu povo dos seus pecados".

Recentemente, quando estive em Chefoo e Pequim, alguns irmãos comentavam que antes eles gostavam muito de chamar ao Senhor de "o Cristo", mas agora gostavam de chamá-Lo de "Jesus, meu Salvador". Ele é chamado de Jesus porque "salva Seu povo dos pecados deles". Recebemos a Jesus como Salvador e obtivemos a graça do perdão. Agradeçamos e louvemos ao Senhor porque agora Jesus é nosso Salvador e porque nossos pecados já foram perdoados. Mas que fez Jesus por nós? "Ele salvará o Seu povo dos seus pecados". Isso é o que Deus ordenou; é o que Cristo realizou. O que importa agora é se continuamos vivendo no pecado ou se fomos libertados dele.

Nosso mau gênio está nos atormentando? Continuamos atados aos nossos pecados e enredados pelos nossos pensamentos?

Somos tão orgulhosos e tão egoístas como antes? Continuamos sendo os mesmos ou já fomos libertados do pecado? Muitas vezes dei o seguinte exemplo: há diferença entre uma bóia e um barco salva-vidas. Quando um homem cai na água e alguém lhe atira uma bóia, ele não se afogará se se agarrar a ela, porém não sairá da água. Não afundará, todavia não poderá sair da água.

Não estará morto, porém também não estará vivendo. O barco salva-vidas é diferente. Ao entrar no barco salva-vidas, a pessoa que estava em perigo de afogar-se sai da água. A salvação que o Senhor nos proveu não é a salvação da bóia, mas a do barco. Ele não irá até a metade do caminho deixando-nos entre a vida e a morte. Ele salvará o Seu povo dos seus pecados. Ele não nos deixa nos pecados. Portanto, a salvação descrita na Bíblia nos salva do pecado. Apesar disso, mesmo que já tenhamos crido, não somos salvos do pecado; ainda vivemos nele. Por acaso a Bíblia está equivocada? Não, não há nada equivocado na Bíblia; é nossa experiência que está equivocada.

Que outra coisa fez Jesus quando veio a nós? Que diz a Bíblia a respeito de Sua obra? Vamos prosseguir.

 

Uma Vida que Tem Comunhão íntima com Deus

Lucas 1:69 diz: "E nos suscitou um chifre de salvação na casa de Davi, Seu servo". Os versículos 74 e 75 dizem: "De conceder-nos que, livres da mão de inimigos, O servíssemos sem temor, em santidade e justiça perante Ele, todos os nossos dias". Deus suscitou para nós um chifre de salvação na casa de Davi. Já temos esse chifre. Que fez esse chifre de salvação por nós e até que ponto nos livrou? Ele nos livrou da mão de nossos inimigos. Que tipo de vida Ele deseja que vivamos depois de libertados? Depois de libertados da mão de nossos inimigos, será que Ele está somente interessado em que O sirvamos em santidade e justiça? É só isso que Ele deseja? Se é assim, nós O serviremos em santidade e justiça apenas algumas vezes. Mas agradeçamos e louvemos ao Senhor porque Sua Palavra diz que devemos servi-Lo em santidade e justiça todos os nossos dias. Devemos servir em santidade e justiça enquanto vivermos. Esse é o tipo de vida que Deus ordenou para nós. Devemos servi-Lo em santidade e justiça todos os nossos dias. É claro que para vergonha nossa temos de admitir que não O temos servido em santidade e justiça todos os nossos dias, mesmo que Deus já nos tenha libertado da mão de nossos inimigos. Ou o que a Bíblia diz está errado ou é nossa experiência que está. A única maneira de nossa experiência estar correta é a Bíblia estar errada. Antes eu me perguntava que tipo de vida a Bíblia espera de um cristão. De acordo com ela, todo aquele que é salvo deve servir ao Senhor em santidade e justiça todos os seus dias. Se a Bíblia estiver errada, nossa experiência poderá ser justificada; mas se ela não está errada, então é nossa experiência que deve estar.

 

Uma Vida que Tem Plena Satisfação no Senhor

João 4:14 diz: "Aquele, porém, que beber da água que Eu lhe der, de modo nenhum terá sede, para sempre; pelo contrário, a água que Eu lhe der se tornará nele uma fonte de água a jorrar para a vida eterna". Quão preciosas são essas palavras! Elas não se referem a um tipo de cristão em particular. Não dizem que só os que têm recebido graça especial do Senhor é que podem ter uma fonte de água que jorre para a vida eterna. O Senhor disse isso à mulher samaritana, alguém que Ele não conhecia. Disse-lhe que se ela cresse, receberia água viva. Essa água seria nela uma fonte a jorrar para a vida eterna. Irmãos e irmãs, que significa ter sede ? Se alguém tem sede significa que não está satisfeito. Os que bebem da água que o Senhor lhes dá jamais terão sede. Agradeçamos e louvemos ao Senhor! Um cristão é alguém que não apenas se conforma com a situação, mas está sempre satisfeito. Não é suficiente que o cristão se conforme, porque o que Deus nos dá satisfaz-nos eternamente. Mas quantas vezes temos caminhado nas grandes avenidas comerciais sem sentir-nos sedentos? Temos sede ao caminhar diante das grandes lojas? Se desejamos isto ou aquilo, por acaso isso não é ter sede? Porventura temos sede quando olhamos nossos colegas e companheiros de estudo e invejamos o que eles têm? Mesmo assim, o Senhor disse: "Aquele, porém, que beber da água que Eu lhe der, de modo nenhum terá sede, para sempre; pelo contrário, a água que Eu lhe der se tornará nele uma fonte de água a jorrar para a vida eterna". O que Ele nos dá é um tipo de vida; porém, o que experimentamos é diferente. O Senhor nos disse que Ele é tudo que necessitamos, mas nós dizemos que Ele não é suficiente. Precisamos de outras coisas para poder ficar satisfeitos, mas Ele diz que Ele nos basta. É o que recebemos do Senhor que está errado ou é nossa experiência que está errada? Um dos dois deve estar errado. Não é possível que o Senhor emita para nós um cheque sem fundos. O que Ele promete, Ele certamente dará. Nossa experiência passada é expressa nas palavras de um hino: "Antes meio salvo"

 (Hinos 253, estrofe 2). Por que o Senhor disse que o crente jamais terá sede? Porque é diferente em seu interior. Em seu interior há novas exigências e novas satisfações. Irmãos e irmãs, vivemos diante de Deus e O servimos em santidade e justiça todos os nossos dias? Vivemos diante de Deus cada dia em santidade e justiça como disse o sacerdote Zacarias em Lucas 1:75? Temos algo que jorra do nosso interior constantemente e satisfaz a sede de outros? Em chinês existe a expressão wu-wei, que significa "não fazer nada". Os cristãos devem ser os que não pedem nada. Podemos dizer que o Senhor é suficiente para nós. Será que estamos satisfeitos unicamente com o Senhor? Estamos de fato satisfeitos somente com o Senhor Jesus? Se não estamos, isso indica que algo anda errado em nosso viver.

 

Uma Vida que Contagia os Outros

João 7:37e38diz: "No último dia, o grande dia da festa, pôs-se em pé Jesus e clamou: Se alguém tem sede, venha a Mim e beba. Quem crer em Mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva". Do interior de quem fluirão rios de água viva? Não fluirão somente dos cristãos especiais ou dos apóstolos Paulo, Pedro e João, mas de todos os que crêem, de homens comuns como nós. É do interior de homens comuns como nós que fluirão rios de água viva. Quando as pessoas têm contato conosco, devem encontrar satisfação e deixar de ter sede. Tive uma amiga que, com o simples contato que tinha com as pessoas, fazia com que percebessem a vaidade do mundo, a tolice da ambição e a insipidez da avareza. É possível que naquela ocasião alguém se sentisse insatisfeito por alguma coisa. Porém, tão logo tinha contato com ela, percebia que o Senhor é suficiente e satisfaz. Por outro lado, talvez alguém estivesse contente com algo, mas quando tinha contato com ela, descobria que aquilo não tinha valor. O Senhor disse que quem crê Nele, de seu interior fluirão rios de água viva. Essa deve ser a experiência regular pertinente a todos os cristãos comuns. Não estou falando da experiência de cristãos especiais, mas da experiência de todos os cristãos em geral. Irmãos e irmãs, quando os outros se relacionam conosco eles deixam de ter sede ou permanecem sedentos? Se os outros se queixam de seus sofrimentos e nós também, se outros se sentem tristes e nós fazemos o mesmo, e se outros confessam seus fracassos e nós os nossos, então já não somos rios de água viva mas um árido deserto. Faremos secar até a erva verde de outros. Quando isso acontece conosco, alguém está errado: ou Deus ou nós. Mas, uma vez que Deus não pode errar, sem dúvida nós é que estamos errados.

 

 

Uma Vida Livre do Poder do Pecado

Vejamos o que acontece no livro de Atos. O versículo 26 do capítulo três diz: "Tendo Deus ressuscitado o seu Servo, enviou-o primeiramente a vós outros para vos abençoar, no sentido de que cada um se aparte das suas perversidades". A mensagem que Pedro deu no pórtico do templo ainda fala de nossa condição hoje. O que o Senhor Jesus realizou é mais do que suficiente para libertar-nos do pecado. O cristão deve ter a experiência básica de ser libertado do pecado. Como cristãos devemos, pelo menos, vencer os pecados conhecidos. Pode ser que não vençamos os pecados que não conhecemos. Mas devemos vencer por meio do Senhor todos os pecados que conhecemos. Talvez estejamos encurralados por muitos pecados que nos têm atormentado por anos. Pelo poder do Senhor, devemos vencer todos esses pecados. Esse é o modelo bíblico. O normal é que apenas ocasionalmente um homem seja vencido por alguma transgressão. Mas nossa experiência é que só  ocasionalmente vencemos. Quão anormal é nossa experiência!

Romanos 6:1-2 diz: "Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que seja a graça mais abundante? De modo nenhum! Como viveremos ainda no pecado, nós os que para ele morremos?" Todo o que creu no Senhor Jesus e tornou-se cristão, morreu para o pecado. Ninguém que tenha crido no Senhor Jesus e tenha se tornado cristão deve continuar vivendo no pecado. Mas como sabemos que estamos mortos para o pecado? O versículo seguinte dá-nos a resposta.

O versículo 3 diz: "Ou, porventura, ignorais que todos nós que fomos batizados em Cristo Jesus, fomos batizados na sua morte?" Em outras palavras, todos os que foram batizados e são salvos estão mortos para o pecado. Quando uma pessoa é batizada, ela morre em Cristo Jesus.

O versículo 4 diz: "Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida". Esse deve ser o viver diário de cada cristão. Todos os que foram batizados devem andar em novidade de vida. Esse não é um versículo dirigido só a um grupo especial de cristãos, mas a todos os cristãos, aos salvos e batizados. Todos fomos batizados; portanto, todos devemos andar em novidade de vida. Essa é a experiência que Deus ordenou para cada cristão. Será que andamos em novidade de vida?

Romanos 6:14 diz: "Porque o pecado não terá domínio sobre vós; pois não estais debaixo da lei e sim da graça". Eu valorizo muito esse versículo. Quem não está debaixo da lei, e, sim, da graça? Acaso Andrew Murray foi o único? Ou só Paulo, Pedro e João o foram? Não são todos os que creram que não estão debaixo da lei, e, sim, da graça? Quantos dos presentes aqui estão debaixo da graça? Agradecemos e louvamos ao Senhor porque estamos debaixo da graça. Nenhum de nós está debaixo da lei.

Há, porém, outra oração antes dessa: "O pecado não terá domínio sobre vós". Agradecemos e louvamos ao Senhor porque o pecado não terá mais domínio sobre nós. Agradecemos e louvamos ao Senhor porque a vitória não é a experiência de um grupo especial de cristãos. Agradecemos e louvamos ao Senhor porque a vitória é a experiência de cristãos comuns. Agradecemos e louvamos ao Senhor porque todo cristão salvo está debaixo da graça. Quando fui salvo, vi esse versículo e ele teve muito valor para mim. Percebi que havia experimentado muitas vitórias e vencido muitos pecados. Percebi que Deus me havia concedido Sua graça. Mas ainda havia um pecado que me dominava. De fato, alguns pecados constantemente voltavam a visitar-me. Isso era como a experiência que tive um dia com um irmão. Encontrei-me com ele na rua e o saudei de longe. Em seguida entrei em uma loja para comprar algo. Quando saí, ele vinha em minha direção e o saudei mais uma vez. Logo depois, entrei em outra loja e comprei outro artigo. Quando saí, voltei a encontrar-me com ele e o saudei de novo. Ao virar a outra rua, encontrei-me mais uma vez com ele e tornei a saudá-lo. Cruzei uma segunda rua, e ao encontrar-nos de novo, voltei a saudá-lo. Assim, encontrei-me com esse irmão e o saudei cinco vezes naquele dia. Encontramo-nos com o pecado da mesma forma que me encontrei com esse irmão. Parece que o pecado vem ao nosso encontro de propósito. Sempre encontramos com ele; é como se nos estivesse seguindo constantemente. Para alguns é o seu mau humor que continuamente os segue; para outros é o orgulho e a inveja. Parece que a preguiça segue a alguns e a mentira a outros. Pode ser que alguém sempre tenha um espírito implacável, enquanto outro é atormentado continuamente por desejos vis ou pelo egoísmo. Alguns vêem-se acossados com freqüência por pensamentos impuros, enquanto outros experimentam desejos concupiscentes cada momento. Parece que todos têm pelo menos um pecado que sempre os persegue. Tive alguns pecados que me atormentavam continuamente. Tive de reconhecer que o pecado tinha domínio sobre mim. Deus disse que o pecado não teria domínio sobre mim, mas tive de confessar que algo estava errado comigo. Tive de confessar que o erro estava em mim e não na Palavra de Deus. Se vivemos uma vida de derrota, precisamos lembrar-nos que não foi isso o que Deus ordenou para nós. Temos de entender que Deus não tem a intenção de que o pecado tenha domínio sobre nós. Sua palavra diz que o pecado não terá domínio sobre nós!

Romanos 8:1 diz: "Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus". Já falei muitas vezes sobre a palavra condenação. Há uns vinte anos uma pessoa encontrou uns manuscritos antigos e descobriu que essa palavra tinha dois significados. Um se usa num contexto civil e o outro num contexto judicial. Conforme a aplicação civil, pode-se traduzir por "incapacidade". Portanto, esse versículo pode ser traduzido por "Agora, pois, já nenhuma incapacidade há para os que estão em Cristo Jesus". Quão maravilhoso isso é! Para quem foi escrito esse versículo? Apenas para John Wesley? ou somente para Martinho Lutero ou para Hudson Taylor? Que diz a Bíblia? Ela diz: "Agora, pois, já nenhuma incapacidade há para os que estão em Cristo Jesus". Quem são esses? Os cristãos. Um cristão é uma pessoa que está em Cristo Jesus, e nenhum cristão deve ser encontrado numa condição de impotência.

O versículo 2 diz: "Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte". Repetirei uma centena de vezes que não são somente cristãos especiais que são libertados da lei do pecado e da morte. Todo cristão deve ser libertado da lei do pecado e da morte. Que significa ser incapaz? 1 )e acordo com Romanos 7 significa fazer o que você detesta e não conseguir fazer o que você quer. É descobrir que "o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo". A incapacidade eqüivale a impotência para se fazer alguma coisa. A história de muitos cristãos está repleta de constantes decisões e de descumprir tais decisões. Continuamente decidem fazer algo e continuamente fracassam. Mas louvemos ao Senhor porque a Palavra de Deus diz que já nenhum cristão é incapaz.

Que é uma lei? É um fenômeno que acontece sempre da mesma maneira. Uma lei existe quando a mesma ação produz o mesmo resultado sob qualquer tipo de circunstância em que a ação se realize. Uma lei é um fenômeno constante; é uma tendência invariável, uma condição que continuamente se repete. Por exemplo, temos a lei da gravidade. Sempre que um objeto cai, a gravidade o atrai para o solo. A força gravitacional é uma lei. Para algumas pessoas, perder a calma é uma lei. Talvez tentem controlar-se uma ou duas vezes, mas na terceira se alterarão. Na quarta vez, perderão a calma. Isso acontece com todos os irmãos.

Talvez você consiga controlar-se no princípio, mas por fim explodirá. Cada vez que a tentação vier, o mesmo resultado se repetirá. Podemos observar que o mesmo acontece com o orgulho. Quando os outros falam bem de você, é possível que você não se comova. Mas, quando o elogiam pela segunda vez, sua expressão mudará rapidamente e seu rosto resplandecerá. Uma lei produz o mesmo resultado quando o mesmo procedimento é repetido. O pecado se fez uma lei para nós. Muitos irmãos toleram certas coisas, mas quando alguém toca em determinado assunto com eles, então se alteram. Podem vencer muitas coisas, mas se irritam quando tocam outras coisas.

Para vencer a lei do pecado não são necessários cristãos especiais. Nenhum cristão deve ficar em sua incapacidade. Todos os cristãos podem ser libertados da lei do pecado. Os versículos anteriormente apresentados mostram-nos fatos, e não mandamentos. Todo cristão precisa experimentar isso. No entanto, nossa experiência não corresponde à Palavra de Deus. Quão triste isso é!

 

Uma Vida que Vence Toda a Circunstância

Romanos 8:35 diz: "Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada?" O versículo 37 diz: "Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou". Oh! nosso Senhor, que nos amou, é mais que vencedor em todas essas coisas! Essa deve ser a experiência cristã; mas em nosso caso, nem sequer necessitamos que a tribulação ou a espada nos sobrevenha; assim que alguém nos olhe torto, perdemos o amor de Cristo. Porém, Paulo disse que ele em todas essas coisas era mais que vencedor. Essa deve ser a experiência normal de todos os cristãos. A experiência normal de um cristão deve ser a vitória; o anormal deve ser a derrota. Conforme o que Deus ordenou, todo cristão deve ser mais que vencedor. Toda vez que depararmos com tribulação, angústia, perseguição, fome, nudez, perigo ou espada, não apenas devemos vencer, mas devemos ser mais que vencedores. Não importa se há dificuldades. Os não-cristãos podem pensar que os cristãos tornaram-se loucos. Aleluia, podem dizer, mas nós já não estamos preocupados com essas coisas e nelas somos mais que vencedores por causa do amor de Cristo. Glória ao Senhor! Essa deve ser a experiência de todo cristão; é a experiência que Deus nos designou. Mas qual é nossa verdadeira condição? A Bíblia não escondeu essas experiências de nós, mas nós muitas vezes não sabemos como entrar nelas. Antes mesmo de a tribulação se intensificar, já estamos gritando: "Preciso de paciência! Estou sofrendo!" Se encontramos o caminho para entrar nessa vida, seremos mais que vencedores em todas essas coisas.

Em 2 Coríntios 2:14 se diz: "Graças, porém, a Deus, que, em Cristo, sempre nos conduz em triunfo e, por meio de nós, manifesta em todo lugar a fragrância do seu conhecimento". A vida cristã não é uma vida que vence algumas vezes, e, em outras é derrotada; não é uma vida que vence pela manhã e é derrotada a tarde. A vida cristã vence constantemente. Se hoje deparamos com uma tentação e a vencemos, não devemos emocionar-nos ao ponto de não poder dormir à noite. A experiência de não vencer deve ser o anormal. Vencer deve ser normal e freqüente.

 

Uma Vida Capaz de Fazer o Bem

Efésios 2:10 diz: "Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas". Recordemos que Efésios 2:10 vem depois dos versículos 8 e 9. Nos versículos anteriores é dito que fomos sal vos pela graça e aqui nos é dito que somos Sua feitura (ou, obra-prima), criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus preparou de antemão para que andássemos nelas. Essa não é uma experiência especial somente para alguns cristãos, mas deve ser a experiência de todo o que foi salvo. Deus nos salva para que ficamos o bem. Nossas boas obras estão de acordo com o que Deus ordenou ou estamos sempre nos queixando ao fazer o bem? Suponha que você limpe o chão. É possível que enquanto esteja limpando se queixe de que só uma ou duas pessoas o ajudam e as demais não. Isso produzirá jactância ou murmuração. Isso não é fazer o bem. Toda boa obra de um cristão deve ser acompanhada de um gozo superabundante; não devemos ser avarentos, jactanciosos nem egoístas, mas generosos e prontos a dar. Seria lamentável que apenas os melhores cristãos pudessem fazer o bem. Deus designou que fazer o bem deve ser a experiência comum de todo cristão.

 

Uma Vida Cheia de Luz

João 8:12 diz: "De novo lhes falou Jesus, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem Me segue de modo nenhum andará nas trevas mas terá a luz da vida". Essa é a vida que Deus ordenou para o cristão. Os que podem permanecer afastados das trevas e caminham na luz da vida não são cristãos especiais. Nenhum cristão que segue a Cristo deve andar em trevas; pelo contrário, deve ter a luz da vida. Um cristão que está cheio de luz é simplesmente um cristão normal, enquanto um cristão que não tem a luz é um cristão anormal.

 

Uma Vida Completamente Santificada

Em 1 Tessalonicenses 5:23 se diz: "O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo". Essa é a oração que o apóstolo fez pelos crentes tessalonicenses. Se ele disse "vos santifique em tudo", é claro que uma pessoa pode ser santificada em tudo. É possível não achar nenhum defeito em um cristão. Deus nos santificará em tudo e nos conservará íntegros e irrepreensíveis.

Estamos nos referindo à provisão que o Senhor deu ao cristão. A salvação efetuada pelo Senhor deu a cada cristão a capacidade de vencer o pecado completamente, de ser plenamente libertado da escravidão do pecado, de subjugá-lo e de ter comunhão com Deus sem estorvos. Essa é a vida que Deus ordenou para nós. Isso não é uma simples teoria, mas um fato, porque essa é a provisão do Senhor.